Sumário
Esquadrão Suicida: vilões em missão oficial
Criado em 1959, o Esquadrão Suicida surgiu inicialmente como um grupo militar fictício da DC Comics. A versão mais conhecida, formada por vilões do universo dos quadrinhos, ganhou forma definitiva em 1987, com roteiros de John Ostrander e artes de Luke McDonnell. Desde então, a proposta ousada da equipe ganhou força ao propor algo incomum: vilões como agentes do governo em missões extremamente perigosas.
O grupo é composto por criminosos condenados, que recebem a chance de reduzir suas penas ao aceitar participar de operações secretas — geralmente de alto risco e com baixíssima taxa de sobrevivência. Liderados pela estrategista Amanda Waller, os integrantes têm comportamentos instáveis e motivações duvidosas, o que torna cada missão um desafio também interno.
Ao longo das décadas, o Esquadrão Suicida passou por diversas formações, mas nomes como Pistoleiro, Arlequina e Capitão Bumerangue são presenças frequentes. O diferencial do grupo está na ausência de idealismo. Ao contrário de outras equipes da editora, aqui os personagens não lutam por justiça — lutam por sobrevivência.
Nas telonas, a primeira adaptação chegou em 2016. Com elenco estrelado, o longa dividiu opiniões, mas apresentou a proposta do Esquadrão Suicida ao grande público. Em 2021, uma nova versão dirigida por James Gunn reestruturou o tom da narrativa e conquistou reconhecimento por sua abordagem mais ousada e sarcástica.
Atualmente, o Esquadrão Suicida representa uma alternativa à clássica figura do herói. Ao colocar vilões em posições de responsabilidade, a narrativa convida o público a refletir sobre moral, escolhas e consequências.
Mesmo sem capas ou nobres intenções, o Esquadrão Suicida prova que, em algumas batalhas, é preciso usar as armas que se tem — ainda que elas estejam nas mãos erradas.